domingo, 11 de setembro de 2011

Gianechinni e a espetacularização da doença

Em sua obra, Michael Foucault conta, como até não muito tempo atrás as pessoas doentes eram isoladas, postas fora do convívio e dos olhos dos considerados sãos não só por motivos de higiene, de saúde ou de ignorância mas por vergonha, uma vergonha misturada com uma idéia de dignidade.
Aos homens era dada não uma escolha mas a imposição de morrer longe dos olhos curiosos, definhar ou curar-se dentre quatro paredes. Às famílias, muitas vezes era relegada à escolha: o que fazer com o doente? Interná-lo, isolá-lo em um ato extremo, numa colônia para doentes (como no caso dos leprosos) ou tomar conta deles dentro de casa mesmo, em algum porão ou algum quarto desocupado em outra ala da casa, se a família tivesse recursos.
O que diriam estas pessoas de tempos idos se vivessem hoje em dia, em meio a este bombardeio de informação e acompanhar das doenças e envelhecer alheio? Hoje, todas as fases de uma vida estão expostas em todos os meios de comunicação, tudo parece interessar: o que se come, o que se coloca para fora, as secreções, as horas privadas( elas existem?), o não consciente, o erro, o grotesco, o passo em falso.
Agora, inúmeras capas de revistas reportam cada passo do tratamento do câncer de Reinaldo Gianechinni, transformando algo que deveria ser da esfera privada em um espetaculo sem limites. Tudo é documentado. A primeira ida à quimioterapia, as mensagens de força dos amigos, tudo. Não há como fugir, se você abre um jornal, está lá. Está no portal de notícias da internet e no telejornal. E não só ele, o diretor Marcos Paulo, o ex - jogador Sócrates.
Enquanto isso, inúmeras crianças estão lá, no Hospital do Câncer e em outros sem número de hospitais precisando de tudo e seguem em sofrimento e anônimas. Ninguém sabe a história delas, ninguém, a não ser suas famílias parecem se importar com sua morte. Ninguém lamenta em rede nacional.

Um comentário:

  1. O que vemos?
    Olhe a frente!
    ¿OlhOu?
    Veja bem!
    Uma brega!

    Vamos deixar de sermos ingênuos e naïve em relação a Dilma?

    QUE tal pensar (e re-fle-tir) sobre o pensamento de uma presidenta incompetente e de mau gosto fabuloso? [a «Pátria Educadora»].

    Que tal PENSAR na ALMA BARANGA de uma presidenta?? rss.
    Não seria esse um bom motivo, -- também?

    Uma presidentA de mau gosto. Bregona? Baranga mesmo. Kitsch.

    Reflita & pense!

    "Barangos (as) Unidos Jamais serão Vencidos"

    Maria Baranga Gadu rss;
    Otto -- o Bobão; "produtores" culturais; outros barangos; bregas; cafonas mil; todo tipo de mau gosto e facilidades eternamente chamados de """artistas""" [rsrs], do PT barangões, amantes do petismo: agorinha no "Largo da Batata".

    Divulgadores da baixa-cultura; cultura de massas, e lixo musical. Amantes da deusa dilma Iolanda Janeta Pasadena Rousseff -- a brega Coração Valente© [a Baranga de BH]: nesse momento cá no Largo da 🥔 Batata, em Sampa.

    Os ditos "artistas" Kitsch. Ruins que dói. Todos a favor de Lula o-chefão-vigarista, da eleição-picareta-direta.

    OLHE para e perceba a educação no Brasil...

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